sábado, 13 de julho de 2013

A maior ousadia de Luan Santana

Em lançamento de seu terceiro DVD, o cantor conversou com o Diário Gaúcho sobre fama, carreira e vida pessoal


Cerca de 20 mil pessoas reuniram-se no dia 7, em Itu, no Interior de São Paulo, para assistir à gravação do terceiro DVD de Luan Santana. Este é o projeto mais ousado do cantor, que apostou alto: o show aconteceu a céu aberto, na Arena Maeda, teve um repertório basicamente de inéditas, sem participações, e mostrou um novo formato de espetáculo sertanejo, com influência de festivais de música eletrônica, as famosas raves, e arranjos baseados no pop americano e no hip hop.

O resultado foi impressionante: a multidão entoou em coro canções que sequer foram lançadas, apenas disponibilizadas em versões curtas no canal youtube.com/luansantana – uma estratégia que, segundo Luan, “foi pensada para preservar a emoção de ouvir pela primeira  vez e cantar junto”.

Diferente dos álbuns anteriores, os efeitos pirotécnicos e as acrobacias deram lugar à beleza natural do local. Ainda assim, Luan entrou no palco vindo de uma cápsula que saía do chão e teve bombas de serpentina, máquinas de confetes e muitos balões. Os hits Nega, Te Esperando e Sogrão Caprichou foram os pontos altos da apresentação, que teve poucas músicas regravadas. A família do músico acompanhou tudo de pertinho, incluindo a namorada, Jade Magalhães, e a irmã, Bruna Santana, que arrancou gritos emocionados da plateia e retribuiu o carinho com beijos, abraços e fotos com os fãs.

O DVD deve chegar às lojas em novembro. Recentemente, o cantor lançou o EP Te Esperando, com quatro das canções que vão integrar o álbum. Diário Gaúcho esteve lá e entrevistou Luan com exclusividade!

Diário Gaúcho – Você foi bem ousado em fazer um show de inéditas, sem participações e  ainda com toque de música eletrônica. 
Luan – Foi tudo bem pensado e deu muito certo, graças a Deus. A gente queria mostrar uma nova vertente da música sertaneja. Por isso, não trouxemos convidados. A música sertaneja estava precisando de um respiro. Quanto ao repertório, a energia de ouvir pela primeira vez e já sair cantando é totalmente diferente. Temos mais de dez músicas inéditas e, até hoje, (no dia do show), liberamos seis. Mesmo assim, parecia que eu já tinha gravado há três anos, as pessoas já sabiam de cor!

Diário – Qual foi o ponto alto da gravação ao seu ver?
Luan – Me emocionei durante todo o DVD. Mas fiquei impressionado com a música Tudo o Que Você Quiser. Havia soltado uma versão não-oficial no youtube, há menos de uma semana, e todo mundo cantou em coro. Será um hino, e é a minha preferida entre as inéditas.

Diário – Nos DVDs anteriores, havia muitos efeitos, uma catapulta que o lançava, a explosão em que você sumia do palco, o voo suspenso por cabos e, especialmente, muitos fogos. Agora, tive a impressão de que vocês investiram mais no cenário natural do que nestes efeitos. Inclusive, na época da tragédia de Santa Maria, você chegou a falar que repensariam a questão de usar fogos nos shows. Isto aconteceu de fato? 
Luan – Realmente, investimos em um mundo particular, em uma experiência. Quanto aos efeitos de pirotecnia, foram todos pensados com muito profissionalismo, seguindo as regras de segurança, com fiscalização do corpo de bombeiros e o principal, em local aberto, como  deve ser.

Diário – A Bruna fez o maior sucesso no show. A plateia perto da área VIP se aglomerava por cima do gradil para beijá-la, mandar recado para você. Como encara este assédio e como é a relação com a sua irmã?
Luan – Tenho muito orgulho da minha irmã. Ela é linda! Os fãs a adoram. Depois que comecei a cantar por todo o Brasil, nos vemos muito pouco, estou sempre na estrada. Mas sempre que posso, levo a minha família comigo. Estão todos aqui hoje, pai, mãe, Jade, todo mundo. É uma alegria muito grande compartilhar isto com eles.

Diário – O que mudou do primeiro DVD pra cá, o seu terceiro? 
Luan – A estrada muda a gente, não sou o mesmo de três anos atrás. Do DVD de Campo Grande para este último, amadureci, aprendi muito. É a evolução natural da vida. O ser humano evolui, ganha experiência. Estou crescendo, tanto no pessoal quanto no profissional.

Diário – Como está encarando a responsabilidade de cantar para o Papa Francisco (Luan apresenta-se no Rio de Janeiro, durante a Jornada Mundial da Juventude, que acontece de 23 a 28 deste mês)? 
Luan – Quando eu soube que ia ficar pertinho do Papa, receber a bênção dele, me emocionei demais! Sou muito católico e religioso. Então, esse vai ser um momento incrível na minha vida!





Fonte: Diário Gaúcho
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